sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Sabriel - A Missão da Guerreira

Hoje falarei deste excelente livro de Garth Nix, Sabriel - A Missão da Guerreira publicado pela Rocco - Jovens Leitores.
Há muito tempo comprei este livro. Como havia livros na fila para eu ler, fui deixando para trás, ai surgiram outros sabidamente interessantes que fez com que eu o deixasse ainda mais para trás. Erro meu, alguns "mais interessantes" não eram tão interessantes quanto Sabriel.
O mundo deste livro é dividido entre dois países e de maneira bem distinta um muro, a Terra dos Ancestrais onde a magia é muito fraca e comandada pela tecnologia. O outro lado é o Reino Antigo dominado pela magia. Magia esta dividida entre duas grandes categorias, magia da ordem e magia livre. Sabriel é filha de um poderoso mago da ordem, chamado de Abhorsen. Para deixa-la longe do perigo seu pai a leva para ser criada em um colégio na Terra dos Ancestrais. Desde o inicio fica bem claro que apesar de estar no Reino Antigo e quilômetros longe do colégio, pai e filha se comunicam quase que diariamente, tempo esse que ele ensina a ela todos os ensinamentos contidos no Livro dos Mortos.
Quando começa o livro fica claro que Sabriel terminou todos os ensinamentos referentes ao Livro dos Mortos e já o tem decorado. E neste mesmo momento entendemos pela primeira vez os ensinamentos que pai passa para filha. Abhorsen ensina a sua filha como entrar e "passear" pelo mundo dos mortos. Ou seja se alguém morreu recentemente ele ou ela podem usar sua magia para trazer a quem ou o que morreu das portas do outro mundo e se entendi direito sua função principal, impedir que os mortos façam a travessia para vida.
Bom Sabriel um dia recebe um enviado de seu pai, passando a ela todos os apetrechos que um necromante bom, precisa, a espada com símbolos da magia da ordem e sete sinos, cada um com funções especificas para atingir os mortos-vivos. Desesperada a filha faz a malas no colégio e viaja para o Reino Antigo para saber o que aconteceu com seu pai. No mundo antigo é perseguida por um Mordente, pelo visto um mega morto-vivo poderoso que quer matá-la. Ela foge e consegue chegar a casa de seu pai, onde conhece o melhor personagem do livro na minha opinião, Mogget um gato falante que diz a seguinte frase: "Bem vindo Abhorsen."
Sabriel foi um livro que me deixou interessado desde o inicio, mas não é um livro que prenda muito a atenção do leitor, pelo menos não prendeu no inicio Mas isso nada tira os créditos do bom livro que é. Ele é bem real no sentido que as coisas não vão simplesmente acontecendo para terem diversas emoções, os personagens param descansam conversam. Essa é uma quebra interessante que torna a leitura por vezes maçante, mas em outras ocasiões fascinantes, pois os diálogos são inteligentes e a relação de Sabriel e Mogget é interessantíssima.
Aos que não gostaram muito de saber que o livro de certa maneira tem uma maré mansa as vezes, saibam que o terço final é frenético. Neste ponto sim não conseguia parar de ler, até recusei jogar videogame algumas vezes para continuar lendo e saber o fim logo. rsrs. O próximo livro desta série se chama Lirael e já foi publicado pela mesma editora. E sim já estou a procura dele para comprar e ler o próximo.
Bom é isso por hoje pessoal até mais.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A Cronica dos Kane


Bom quem leu o post anterior sabe mais ou menos o que penso sobre A Cronica dos Kane, Rick Riordan, publicado pela Editora Intrínseca  Se alguém se pergunta o porque de eu estar criticando uma coisa e continuar lendo, acredite também me perguntei. Mas o fato é que mesmo sendo formulas repetidas eu me divirto lendo os livros do Rick Riordan. Acho os livros previsíveis, mas eles tem um humor que me divertem.

Vamos lá falar da série. Os livros, A Piramide Vermelha, O Trono de Fogo e A Sombra da Serpente, contam a história de Carter Kane e Sadie Kane, dois irmãos separados na infância após a morte da mãe deles. Carter passa a viver com o pai, enquanto que Sadie mora com os avós maternos.

Pois bem, Carter e o pai em Londres destroem uma pedra egípcia  e no processo o pai morre. Sadie e Carter descobrem que seus pais eram magos e que descendem de uma longa e poderosa dinastia que remonta até os grandes faraós do Egito. Com o desenrolar do primeiro livro descobrem que Apófis, a Serpente do Caos, irá se libertar da prisão em que foi posta por Rá. Ai aparece o tio deles, um mago poderoso que tem uma casa em NYC. Bom tem uns conflitos com a Casa da Vida, que lidera os magos do mundo, pois Carter e Sadie tem dentro de seus corpos, ele Hórus e ela Isis. E isso é proibido pela Casa da Vida, pois assim eles seguem o que chama de Caminho dos Deuses. Eles usam o poder dos deuses para enfrentarem os magos, o que torna eles bem mais poderosos que os magos normais. Em seguida no segundo livro eles começam uma busca desesperada por Rá, para este poder enfrentar Apófis. Para isso precisam embarcar no barco do principal deus egípcio para ver se descobrem aonde ele se encontra. (Evitarei maiores comentários para não fazer SPOILER.) No terceiro e último livro desta saga, Apófis desperta e Carter e Sadie precisam encontrar um meio de derrotar a Serpente do Caos.

Se você procura um livro mamão com açúcar, para ler se divertir, rir um pouco e relaxar. Acredito que esta série seja perfeita. Segue o mesmo padrão de Percy Jackson, se leu as histórias deste herói grego e procura algo semelhante, acredito que esta série seja perfeita. Bem previsível, fácil de ler e bem escrita. Se procura um livro, mais denso com enredo e trama mais complexos, certamente não encontrará isso nesta série.

Bom a vida anda meio atribulada por isso a demora, mas voltei. Estou terminando de ler um livro, espero que não demore muito.

Até mais pessoal.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O Filho de Netuno

O Filho de Netuno é o segundo livro da série Os Heróis do Olimpo, do escritor Rick Riordan, publicado pela Editora Intrínseca. Seguindo a mesma linha da série anterior de Percy Jackson, Percy e os Olimpianos. Já disse anterior no post da Série do Mundo Emerso, sobre a repetição de mundos. Mantenho minha posição neste caso, pois não estou achando esta segunda série melhor que a primeira.
Agora Percy perdeu toda a memória e é levado ao Acampamento Júpiter, igual ao Acampamento Meio-Sangue, com a diferença que segue os deuses romanos e são cheios de regras e comportamentos. Seguem a risca a disciplina e possuem um certo padrão de conduta que Percy no seu jeito grego, bem... digamos que ele demora um pouco para se acostumar e mesmo assim muito mais ou menos.
Admito que não gostei do escritor ter criado este Acampamento Júpiter. Para mim pareceu uma maneira de ele poder escrever uma nova série. Mas devo dar o braço a torcer, pois realmente o Acampamento Júpiter é mais detalhado, cheio de nuances que o diferenciam do "rival" grego. E acredito que todo o trabalho de pesquisa e detalhamento que ele colocou neste novo centro de semideuses, mostra um amadurecimento como escritor.
Por mais que eu não goste de uso de formulas de sucesso, admito que gostei do livro. Dinâmico, previsível, boas tiradas entre os protagonistas e um fácil de ser lido. Em resumo um livro mamão com açúcar ótimo para ler para se distrair.

Até mais.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Ciclo da Herança

Acho difícil que alguém nunca tenha ouvido falar de algum desses livros. Eragon, Eldest, Brisingr e Herança formam o best seller de estréia do escritor Christopher Paolini.
A história se passa na Alagaésia onde há mais de cem anos o imperador Galbatorix destruiu a ordem dos Cavaleiros de Dragão. Assumindo o poder sobre toda Alagaésia. Por causa disso os elfos e anões se retiraram para seus esconderijos. Em meio toda a destruição causada por Galbatorix, sobraram apenas 3 ovos de dragões, um azul, outro vermelho e mais um verde. O grupo rebelde conhecido como Varden roubam o ovo azul e durante muitos anos eles ficam a procura de um novo cavaleiro para aquele ovo de dragão. Pois durante cem anos o ovo foi levado dos Varden aos elfos, para tentar faze-lo chocar para um novo cavaleiro.
Por algum motivo a carreadora dos ovos, a elfa Arya, é descoberta e transporta os ovos para algum lugar. Eragon um jovem criado na fazendo é surpreendido quando o ovo azul aparece a sua frente. De inicio ele pensa que é uma pedra, mas depois o dragão azul nasce, quando Eragon o toca imediatamente suas mentes se unem e uma marca prateada surge em sua mão direita. Depois de 100 anos nasce o novo cavaleiro de dragão.
Esse é o inicio do primeiro livro do ciclo da herança. Por mais que Hollywood tenha tentado estragar, não conseguiu. Pois é um livro bom e consistente, bem humano em algumas partes. A partir do segundo livro, mais um herói de Eragon surge em cena. Ele é o primo de Eragon, Roran, tenho ressalvas sobre ele voltarei a falar sobre ele depois.
Achei a evolução de Eragon, bem compativel com os questionamentos que se passariam pela cabeça de alguém que foi jogado em uma briga secular pela paz "no mundo". O personagem estava bem estruturado com poderes divinos, mas ao mesmo tempo bem humano em seus problemas pessoais e a responsabilidade para lidar com tudo. Sobre Saphira seu dragão azul nem preciso comentar umas das personagens que mais gosto, birrenta, mas admito que gosto de personagens birrentos, acho isso engraçado.
Arya a elfa que é a paixão declarada de Eragon, gosto muito dela, mas foi um personagem que eu achei que poderia ter sido melhor aproveitado em algumas questões e situações, mas Paolini é quem manda.
Roran... Bem acho complicado falar dele, pois de inicio achei um personagem chato. Mas depois acho que entendi por que o autor o colocou no livro. Acho que o autor resolveu colocar a história dele, pois gostaria de mostrar como seria os efeitos da guerra em pessoas comuns. Afinal em um livro onde tem super cavaleiros de dragão, com elfos ultra poderosos, anões fortões... Como seria a vida de um homem em tudo isso? Ok dou o maior crédito, pois acho que ele conseguiu passar essa mensagem de uma maneira legal. Vendo por este lado as aventuras de Roran se tornaram realmente mais interessantes. Só achei que no ultimo livro o Herança o autor perdeu completamente a mão e super valorizou o personagem de uma maneira desnecessária.
Não dá para falar do Ciclo da Herança em apenas um post, mas afirmo categoricamente que é um livro que deve ser lido, pois tem diversão, drama e aventura no ponto certo para haver um relaxamento mental do dia a dia.
Obs: Pena que o filme saiu tão ruim. Seria muito legal ver um filme sério feito desses 4 livros, até um jogo de comp ou videogame eu aceitaria.

Até mais.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Série Mundo Emerso

Não sei se já leram ou conhecem as séries do Mundo Emerso. Tem um tempo já que foi lançado As Cronicas do Mundo Emerso, onde a personagem principal era uma jovem mulher meia elfa que precisava destruir o vilão que controlava as forças do mal, uma trilogia. Gostei bastante e achei bem interessante como a autora, Licia Troisi, o desenvolveu.
Bom ai é onde, em minha opinião, é preciso muito cuidado do autor, pois usando ainda o Mundo Emerso ela escreveu ainda a série, As Guerras do Mundo Emerso e As Lendas do Mundo Emerso. O que virá a seguir? Contos Secretos do Mundo Emerso? Arquivos do Conselho de Magia do Mundo Emerso? 
Eu particularmente não gosto muito quando o escritor, faz muitas histórias em um mesmo mundo já criado por ele. Parece falta de criatividade, considero que o primeiro livro ou série escrito foi a melhor história que o autor pensou em tirar dali, daquele mundo criado por ele especificamente para aquela história. Ok não serei radical e dizer que todos os mundos reaproveitados pelos autores são ruins, afirmar isso seria muita ignorancia. Mas acho que já que pretende escrever uma história no mesmo universo onde uma história já foi escrita. Ela pelo menos deve ser tão boa quanto ou melhor que a primeira.
Por isso eu volto ao Mundo Emerso. Porque tipo, gostei muito das Cronicas do Mundo Emerso, achei a personagem Nihal, meia elfa, muito legal. Pouco depois foi lançado As Guerras do Mundo Emerso, onde a principal era uma ladra chamada Dube. Gostei dessa segunda série, mas sabe quando você pensa que o original é muito melhor? Foi isso que senti. Até por isso estou receoso de comprar As Lendas do Mundo Emerso, se a segunda série foi pior que a primeira, a terceira será melhor que alguma? Com as decidas proporções isso me lembra algumas das continuações de Hollywood.
Obviamente que a presença constante do Mundo Emerso pode ser, como percebi com a cidade de Nessântico, no livro O Trono do Sol. Vi uma reportagem onde o autor deste livro afirmava querer que a cidade de Nessântico fosse visto como uma personagem da trama. Realmente não sei se é isso o que acontece com Licia Troisi, se for aí realmente talvez eu consiga ver a imposição de um mesmo mundo em várias histórias de uma maneira mais positiva.
Bom por hoje é só.
Até mais.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Guardiões do Destino

Neste e em alguns dos próximos post vou falar do livro que escrevi.

            Comecei escrevendo o livro procurando uma válvula de escape para a faculdade, pois sem tempo de fazer cursos livres de minha segunda paixão, teatro, a primeira é a minha faculdade, precisei procurar um outro hobby para me ocupar. Foi quando resolvi por no papel, especificamente no Word, a criatividade que esta sempre borbulhando em minha mente. Esta criatividade que parece nunca me deixar quieto, sempre querendo mudar várias coisas das que escrevo. Porém, escrevendo encontrei uma terceira paixão na vida. E escrever se tornou algo extremamente prazeroso.

            Um resumo, muito mas muito, muito resumido mesmo é:

            Zarto é um jovem espadachim criado e treinado completamente isolado do mundo, por sua mãe Lóra. Durante toda sua vida viveu na Floresta Baladur, após um combate, contra Lóra, em que sai vencedor ele recebe o direito de sair da floresta e conhecer o mundo.

             Assim começa a história de Zarto, com o passar de tempo farei mais comentários, falando mais sobre a história, os personagens, pequenos trechos do livro e explicarei acontecimentos do mundo.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Nome do Vento - este post tem SPOILER


           O Nome do Vento é um livro de Patrick Rothfuss publicado no Brasil primeiramente pela Editora Sextante, no momento pela Editora Arqueiro. É um livro de altíssima qualidade.
            Kothe ou Kvothe é um estalajadeiro, considerado uma lenda com várias histórias sobre ele, algumas verdadeiras outras inventadas pelo próprio. Bom ele vive anonimamente como estalajadeiro e é reconhecido por um escritor, que pede para escrever a história da vida dele. Kothe concorda afirma que precisa de 3 dias para contar a história pois é um membro convicto dos Edena Ruh, ciganos, assim sua história seria de qualidade incrível. Os Edena Ruh são como os ciganos em nosso mundo, são considerados párias da sociedade. Porém mesmo enfrentando o preconceito de todos, Kothe é um defensor assumido e declarado dos Edena Ruh. A história conta a vida de Kothe quando era criança e respondia pelo nome de Kvothe. Ele passa a aprender simpatia, magia, com o Arcanista, mago, Abenthi. Até o momento em que sua família é morta, por motivos sombrios, pelos integrantes do Chandriano, um grupo de 7 pessoas misteriosas, liderados pelo Haliax. A vida de Kvothe passa a ser muito sofrida, pois ele precisa encontrar meios de sobreviver sozinho no mundo. Por isso ele passa 3 anos como morador de rua, roubando e pedindo dinheiro para sobreviver. Após esses 3 anos, surge uma pista do Chandriano e ele resolve tentar entrar para a Universidade, assim ao se formar ele se tornaria um arcanista. É na Universidade onde realmente a história fica fantástica.
            Vamos falar agora sobre Kvothe, ele entra muito cedo da Universidade, 15 anos. Faz amigos, se apaixona, faz inimigos, até ai nada muito diferente dos outros livros. Agora pensem assim, os pais dele morreram quando ele tinha 12 anos, durante 3 anos viveu como mendigo, pedinte e ladrão. Em poucas palavras, ele não confia em ninguém. Ninguém mesmo, Kvothe passa o livro inteiro sem se abrir com nenhum dos amigos dele. Isso porque ele tem vergonha de conversar sobre o Chandriano. Apesar de extremamente inteligente e capaz, Kvothe tem uma capacidade ímpar de fazer besteiras, parece que ele é um ímã de problemas, sério às vezes dá raiva com este outro dom dele.
            O Nome do Vento é um livro magistralmente escrito por Patrick Rothfuss, isso porque é o primeiro livro dele. Achei interessante a maneira como o escritor evolui a profundidade dos personagens. Porque é feito de maneira bem gradual, pois é a maneira como o narrador-personagem os conheceu. Devagar com o tempo passando com experiências entre ambos, então algumas vezes um dos amigos de Kvothe tem certas atitudes que nos surpreendem ao longo da leitura, pois na época surpreenderam o próprio narrador.
            O Nome do Vento é apenas o primeiro da Crônica do Matador do Rei. Há quem especule sobre ser uma trilogia, pois ele conta a história em 3 dias. Eu não tenho tanta certeza assim, mas vamos ver como o autor vai evoluir com a história. O segundo até já foi lançado pela Editora Arqueiro, se chama O Temor do Sábio, falarei dele outro dia.

            Até mais pessoal.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Duna


           Hoje falarei de um clássico dos livros de ficção, Duna, escrito por Frank Herbert que está sendo relançado pela Editora Aleph. São ao todo seis livros, os dois primeiros já foram relançados pela editora, o segundo se chama O Messias de Duna.
           Duna conta a história da vida de Paul Atreides da Casa Atreides. Quando Leto Atreides, pai de Paul, Lady Jéssica sua mulher e Paul são transferidos para Arrakis, um planeta árido onde é produzido o mélange, especiaria que prolonga a vida de quem o ingere. Falando de especiaria é obrigatório falar dos personagens mais legais, os vermes da areia que podem chegar a centenas de metros de comprimento, ao que tudo indica eles são responsáveis diretos pela produção do mélange. Não posso deixar de comentar que o mélange por prolongar a vida é a substancia mais valiosa do universo e a economia interplanetária gira entorno da especiaria. Lady Jéssica treinou Paul, sem apoio de suas superiores, física e mentalmente para ser como as Bene Gesserit, ordem que ela segue. Uma ordem que ensina as mulheres a controlarem suas emoções e que tem grande capacidade de raciocínio. É a história de como Paul ao ser perseguido pelo império se torna um Fremen, habitantes nativos de Duna, que valorizam acima de tudo a água.
            Bom se você não leu esse livro. Saiba que ele “só” é considerado uma das três maiores histórias de ficção da HISTÓRIA, ao lado de A Fundação de Isaac Asimov e O Senhor dos Anéis de Tolkien. Acho que esses são argumentos suficientes para qualquer um ler esse livro.
            Duna é um livro com um mundo extremamente complexo e com um enredo difícil de entender algumas vezes. Mas quando se entende tudo parece que toda nossa percepção se amplia, pois realmente não é fácil. 
            Uma das curiosidades é a mensagem final que eles enviam. Pois parece ser o clichê da civilização que chega para “domar” os “selvagens”, que são os Fremen. Bem ou mal não deixa de ser isso um pouco. Pois Paul chega transferido pelo imperador e após vários acontecimentos se transforma em Muad’Dib líder de todos os Fremen. Bem é nesse ponto que existe esse clichê, que americano ADORA, o civilizado chega pra trazer a civilização para Arrakis, nome oficial do planeta. No inicio achei seria assim mesmo, mas achei muito legal, pois na verdade é o contrário. Os Fremen é que levam a cultura deles a Paul Muad’Dib. Ele se torna um Fremen e lidera os Fremen para tentar levar os Fremen ao universo conhecido. Adorei não enxergar esse clichê no livro.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O Trono do Sol 2


            Acabar de ler um livro traz experiências diferentes para cada um, eu por exemplo sempre me sinto meio órfão. Os sentimentos dependem de vários fatores, quem ta lendo, se gostou do livro, gostou do inicio meio e fim e tantas outras infinitas coisas que é impossível determinar todas em um texto. Afinal o mais interessante da arte é a experiência que cada um tira dela.
            Esta semana terminei de ler o livro O Trono do Sol. Realmente é um livro espetacular. Muito bem escrito, com história e personagens cativantes. Porém acho que o maior crédito do livro esta na relação fantasia-realidade. S.L. Farrell conseguiu criar um mundo fantástico com tanta profundidade e realidade que em minha opinião o torna leitura obrigatória para os interessados do gênero.
            A relação fantasia-realidade, para mim se inicia nas próprias expressões dos personagens. Pois “pai” no livro é “vatarh”, “mãe” é “matarh” e há outras expressões que usualmente os escritores não modificam para suas obras, mas que o autor modificou e se manteve fiel as mudanças do inicio ao fim. Admito que no início do livro achei meio incomodo, mas rapidamente me acostumei.
            Durante todo o tempo que li o livro realmente gostei muito admito que eu não ficava ansioso para ler o livro, por isso passei alguns dias sem nem me lembrar que ele existia, mas ao pegá-lo para ler me prendeu por horas a fio.
            Gostei do inicio do livro o autor deu uma apresentação muito boa, para nos localizarmos bem em Nessântico e começarmos a conhecer os personagens principais de uma maneira bem superficial e explicativa. Conforme a história vai passando o conhecimento sobre os personagens fica mais profundo tornando-os muito reais. Isso provoca uma certa identificação com os personagens, o que considero a melhor experiência ao ler um livro.
            O meio do livro foi muito bem desenvolvido levando o leitor a querer ler mais, pois todas as informações que o Farrell passa possuem um subtexto, mas que não necessariamente é a mensagem que julgamos entender. É bom perceber que há muito mais em Nessântico do que diz a vã filosofia deles e a nossa também.
            Por todos esses motivos para mim O Trono do Sol é considerado um livro de primeira linha. Eu diria que ele rivaliza e alguns pontos é até melhor que Guerra dos Tronos de G.R.R. Martin, mas essa é só minha opinião.
            Até mais pessoal.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O Trono do Sol 1


            O Trono do Sol, é um livro lançado há pouco pela Editora LeYa, do escritor S.L.Farrell. O livro conta a história da cidade de Nessântico onde a fé concénziana é a religião predominante e mandante sobre todos territórios que Nessântico controla, chamados de Domínios(colônias).
            Quero falar de alguns aspectos que considerei bem legais.
            A magia descrita no livro é bem interessante, pois abrange tanto palavras quanto movimentos, o que desde já mostra a complexidade que envolve invocar o poder. Uma curiosidade legal que o escritor passa é que a magia tem nomes diferentes de acordo com a cultura que o manipula. A fé concénziana chama a magia de Ilmodo e que o Ilmodo veem do poder do deus deles, Cénzi. Os numetodos que são uma facção que não acreditam em Cénzi ou qualquer outro deus, eles seriam o que chamamos de ateus, consideram a magia ou como chamam, Scáth Cumhact, um evento da natureza, algo a ser reproduzido através de longos treinamentos. Há ainda o X’inKa, que é um nome utilizado por um personagem que claramente é de outra cultura, mas até onde li não especificaram a origem deste personagem.
            Achei interessante todas essas diferenças, porque mostra que o mundo é único, a interpretação está na cabeça de cada um. Os gestos, utilizados tem pequenas diferenças entre si assim como as palavras são diferentes entre si, mas eles dizem que há semelhanças entre elas. Outra singularidade é cada cultura consegue manipular a magia em si de maneira que as outras não conseguem. Ou como eu julgo, não exploraram aquele aspecto ainda.
            Gosto muito da profundidade dos personagens no livro, o que torna íntima a interação do leitor com os personagens. É bom ver que o escritor se preocupou em não ter personagens como personificações da bondade ou maldade.
            Pretendo falar mais sobre o livro futuramente, ainda estou lendo. Mas desde já posso afirmar categoricamente que é um ótimo livro.