quinta-feira, 24 de maio de 2012

Duna


           Hoje falarei de um clássico dos livros de ficção, Duna, escrito por Frank Herbert que está sendo relançado pela Editora Aleph. São ao todo seis livros, os dois primeiros já foram relançados pela editora, o segundo se chama O Messias de Duna.
           Duna conta a história da vida de Paul Atreides da Casa Atreides. Quando Leto Atreides, pai de Paul, Lady Jéssica sua mulher e Paul são transferidos para Arrakis, um planeta árido onde é produzido o mélange, especiaria que prolonga a vida de quem o ingere. Falando de especiaria é obrigatório falar dos personagens mais legais, os vermes da areia que podem chegar a centenas de metros de comprimento, ao que tudo indica eles são responsáveis diretos pela produção do mélange. Não posso deixar de comentar que o mélange por prolongar a vida é a substancia mais valiosa do universo e a economia interplanetária gira entorno da especiaria. Lady Jéssica treinou Paul, sem apoio de suas superiores, física e mentalmente para ser como as Bene Gesserit, ordem que ela segue. Uma ordem que ensina as mulheres a controlarem suas emoções e que tem grande capacidade de raciocínio. É a história de como Paul ao ser perseguido pelo império se torna um Fremen, habitantes nativos de Duna, que valorizam acima de tudo a água.
            Bom se você não leu esse livro. Saiba que ele “só” é considerado uma das três maiores histórias de ficção da HISTÓRIA, ao lado de A Fundação de Isaac Asimov e O Senhor dos Anéis de Tolkien. Acho que esses são argumentos suficientes para qualquer um ler esse livro.
            Duna é um livro com um mundo extremamente complexo e com um enredo difícil de entender algumas vezes. Mas quando se entende tudo parece que toda nossa percepção se amplia, pois realmente não é fácil. 
            Uma das curiosidades é a mensagem final que eles enviam. Pois parece ser o clichê da civilização que chega para “domar” os “selvagens”, que são os Fremen. Bem ou mal não deixa de ser isso um pouco. Pois Paul chega transferido pelo imperador e após vários acontecimentos se transforma em Muad’Dib líder de todos os Fremen. Bem é nesse ponto que existe esse clichê, que americano ADORA, o civilizado chega pra trazer a civilização para Arrakis, nome oficial do planeta. No inicio achei seria assim mesmo, mas achei muito legal, pois na verdade é o contrário. Os Fremen é que levam a cultura deles a Paul Muad’Dib. Ele se torna um Fremen e lidera os Fremen para tentar levar os Fremen ao universo conhecido. Adorei não enxergar esse clichê no livro.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O Trono do Sol 2


            Acabar de ler um livro traz experiências diferentes para cada um, eu por exemplo sempre me sinto meio órfão. Os sentimentos dependem de vários fatores, quem ta lendo, se gostou do livro, gostou do inicio meio e fim e tantas outras infinitas coisas que é impossível determinar todas em um texto. Afinal o mais interessante da arte é a experiência que cada um tira dela.
            Esta semana terminei de ler o livro O Trono do Sol. Realmente é um livro espetacular. Muito bem escrito, com história e personagens cativantes. Porém acho que o maior crédito do livro esta na relação fantasia-realidade. S.L. Farrell conseguiu criar um mundo fantástico com tanta profundidade e realidade que em minha opinião o torna leitura obrigatória para os interessados do gênero.
            A relação fantasia-realidade, para mim se inicia nas próprias expressões dos personagens. Pois “pai” no livro é “vatarh”, “mãe” é “matarh” e há outras expressões que usualmente os escritores não modificam para suas obras, mas que o autor modificou e se manteve fiel as mudanças do inicio ao fim. Admito que no início do livro achei meio incomodo, mas rapidamente me acostumei.
            Durante todo o tempo que li o livro realmente gostei muito admito que eu não ficava ansioso para ler o livro, por isso passei alguns dias sem nem me lembrar que ele existia, mas ao pegá-lo para ler me prendeu por horas a fio.
            Gostei do inicio do livro o autor deu uma apresentação muito boa, para nos localizarmos bem em Nessântico e começarmos a conhecer os personagens principais de uma maneira bem superficial e explicativa. Conforme a história vai passando o conhecimento sobre os personagens fica mais profundo tornando-os muito reais. Isso provoca uma certa identificação com os personagens, o que considero a melhor experiência ao ler um livro.
            O meio do livro foi muito bem desenvolvido levando o leitor a querer ler mais, pois todas as informações que o Farrell passa possuem um subtexto, mas que não necessariamente é a mensagem que julgamos entender. É bom perceber que há muito mais em Nessântico do que diz a vã filosofia deles e a nossa também.
            Por todos esses motivos para mim O Trono do Sol é considerado um livro de primeira linha. Eu diria que ele rivaliza e alguns pontos é até melhor que Guerra dos Tronos de G.R.R. Martin, mas essa é só minha opinião.
            Até mais pessoal.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O Trono do Sol 1


            O Trono do Sol, é um livro lançado há pouco pela Editora LeYa, do escritor S.L.Farrell. O livro conta a história da cidade de Nessântico onde a fé concénziana é a religião predominante e mandante sobre todos territórios que Nessântico controla, chamados de Domínios(colônias).
            Quero falar de alguns aspectos que considerei bem legais.
            A magia descrita no livro é bem interessante, pois abrange tanto palavras quanto movimentos, o que desde já mostra a complexidade que envolve invocar o poder. Uma curiosidade legal que o escritor passa é que a magia tem nomes diferentes de acordo com a cultura que o manipula. A fé concénziana chama a magia de Ilmodo e que o Ilmodo veem do poder do deus deles, Cénzi. Os numetodos que são uma facção que não acreditam em Cénzi ou qualquer outro deus, eles seriam o que chamamos de ateus, consideram a magia ou como chamam, Scáth Cumhact, um evento da natureza, algo a ser reproduzido através de longos treinamentos. Há ainda o X’inKa, que é um nome utilizado por um personagem que claramente é de outra cultura, mas até onde li não especificaram a origem deste personagem.
            Achei interessante todas essas diferenças, porque mostra que o mundo é único, a interpretação está na cabeça de cada um. Os gestos, utilizados tem pequenas diferenças entre si assim como as palavras são diferentes entre si, mas eles dizem que há semelhanças entre elas. Outra singularidade é cada cultura consegue manipular a magia em si de maneira que as outras não conseguem. Ou como eu julgo, não exploraram aquele aspecto ainda.
            Gosto muito da profundidade dos personagens no livro, o que torna íntima a interação do leitor com os personagens. É bom ver que o escritor se preocupou em não ter personagens como personificações da bondade ou maldade.
            Pretendo falar mais sobre o livro futuramente, ainda estou lendo. Mas desde já posso afirmar categoricamente que é um ótimo livro.