Trilogia do Mago Negro - O Lorde Supremo SPOILER

]

          Recentemente terminei de ler o livro O Lorde Surpremo, último volume da Trilogia do Mago Negro da escritora Trudi Canavan. Ler este livro foi uma grata surpresa com um desfecho decepcionante. 

          Neste livro somos apresentados que O Lorde Supremo Akkarin, na verdade está longe de ser o vilão da série. Ele pratica magia negra e ele mata os assassinos do país rival chamado Sachaka. Procurando ajuda para enfrentar os magos negros que vêm de Sachaka, Akkarin busca ajuda na sua forçada aprendiz Sonea, protagonista da trilogia. Percebendo que seu mestre diz a verdade Sonea se dispõem a aprender magia negra para ajudar seu mestre.Porém como Akkarin afirma os ichanis, magos negros de Sachaka que possuem escravos onde todos os dias absorvem seus poderes, são incrivelmente mais poderosos que todos no Clã dos Magos e até mesmo que o próprio Akkarin.

          No livro somos também levados a Dannyl, mago embaixador do clã em um país próximo. Onde ele tem um caso com seu assistente Tayend de Tremmelin. Admito que não gostei muito deste arco da história, achei desnecessário, pois se relacionarmos com a história principal em nada acrescenta ou nada tira, logo irrelevante.

          Durante todo o livro, Akkarin afirma que o clã seria destruído caso os ichanis descobrissem que eles não usam mais a magia negra, para absorver poder das pessoas ao redor. Após uma batalha destruidora com uma ichani poderosa, Sonea a mata absorvendo toda a magia da mulher. Enquanto lutam com a mulher, o clã descobre que Akkarin usa magia negra e passam a investigar a residencia do Lorde Supremo. Onde encontram livros de magia negra na mesa de estudo de Sonea e a sala onde Akkarin praticava a magia negra. Quando retornam da batalha com a ichani os dois são acusados de praticar magia negra e após um julgamento são banidos do clã e de Kyralia. O clã resolve mostrar a todos na cidade de Imardin que eles foram banidos do clã por pratica de magia negra, o que faz com que os espiões dos ichanis informem seus mestres que o clã do magos não mais pratica magia negra e que por isso está incrivelmente fraco.

          Ao serem banidos Akkarin e Sonea conseguem fugir dos ichanis que os perseguem e voltar a Kyralia. Neste momento enfrentam um ichani junto com a ajuda de Dorrien, filho de Rothen ex-mestre de Sonea. Neste momento os tres percebem o quanto são mais fracos que os ichanis e perderão qualquer batalha se não forem espertos E se não encontrarem fontes poderosas de poder para derrotar os ichanis. Assim os dois tentam pensar em mil maneiras de ganhar poderes, em geral, por não terem muito da onde tirar, pensam mais em isolar um ichani e absorver os poderes dele.

          Após uma batalha devastadora, onde inúmeros magos morrem, toda a cidade e praticamente destruída. Os ichanis descobrem que podem absorver magia das construções erigidas por magia. Akkarin e Sonea ao saberem disso pensam em absorver magia da Arena de treinamento de batalha dos magos, onde todo mês inumeros magos, colocam seu poder para melhorar as defesas da Arena. Bom é nesse ponto que na minha opinião Trudi Canavan, se perdeu completamente. Pois Akkarin e Sonea encontraram a maior fonte de poder que poderiam arranjar, um lugar onde não falta poder mágico para ser usado contra os ichanis, inimigos super ultra poderosos. E então os que os dois resolvem? NÃO USAR esse incrivel poder... Porque? Bom eu não sei, mas se um inimigo com poder suficiente para destruir todo o clã dos magos e toda a cidade com oito pessoas. Eu não enfrentaria ele sozinho, quanto mais quando são tres que avançam contra mim. Isso ai Akkarin e Sonea resolvem enfrentar de frente tres ichanis, na raça... Ok eles tinham absorvido poder de centenas de pessoas voluntariadas pelos Ladrões, mas ainda assim acho forçado. Afinal eles passaram o livro inteiro procurando fontes de poder para enfrentar os ichanis e quando encontram a mais forte resolvem não usá-la, para mim isso não faz sentido e estraga o final.

          O Lorde Supremo é um livro bom, muito melhor que os outros dois, a escritora ainda tem uma forte tendencia a encher linguiça, em alguns momento colocando coisas que nada acrescentam a história principal. Mas é um bom livro com um final que em nada se alinha com o livro que escreveu.

Nota 7,5.

Até mais pessoal.